Ter amor e não chorar
Não é verso, é ilusão!
É como sorrir ao cantar
As penas do coração...

Versejar tristezas, verdade
É coisa que não me canso
É atravessar um rio a nado
Na procura de um remanso...









É mais triste o anoitecer nesse rancho
Quando soluça a dor de um final
O frio faz-me encolher-me no poncho
Aguardando que se cumpra o ritual...
A luz do lampião mais me assombra
E mais me assusta que alumia
Faz até o galo campeiro
Anunciar antecipado o dia...
Por fim me despeço do parceiro
Que tanto bem e amor me trazia
Enquanto segue a peonada a cavalo
Pressinto...a carreta não vai vazia...
Enquanto o vento geme nas estradas
Vai comigo, mais meu amado que parte
Um cortejo de almas penadas
Que revivem outra vez a má sorte
Suas próprias dores, lembranças e vidas
De heróis condecorados com a medalha da morte..

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