Um anjo campeiro, abençoa o rodeio
Na imortalidade que o céu nos traz
A poeira na pista relembra a vida
De quem nesta terra tanta falta faz...
Quem sabe um dia tenha a alegria
De encontrar de novo aquele rapaz
No riso guri, segredos trazia
Que ia embora pra não voltar mais...
Era um chapéu de copa redonda
E um jeito pachola só seu de montar
Era um sentinela que fazia ronda
Por céus de Campinas, pra o vento levar...
Amigo irmão, tão sem paradeiro
Quantas vezes a me preocupar
Lhe pedia que fizesse planos
Que parasse as asas para repousar...
Quando um sentinela bolear o laço
Ficará o espaço pra ele passar
Guri, foi o jeito teu de nos ensinar
que unidos seremos fortes para superar...
Aos poetas e aos loucos...
Quem sabe das angústias desse mundo
Quem sabe ao certo o que é tudo perder
E conhece a vida sem nenhum pano de fundo
Que não o céu, caminhos por percorrer?
Um homem sabe, solitário na calçada
Sem pedir nada, só pensando seu viver
Sonhando que no fim da caminhada
Possa ao menos a si mesmo compreender...
E no silêncio onde encontra sua razão
Não ouve a maldade dos insultos
Loucos são os que gritam por ser surdos
Não do corpo, mas do próprio coração...
Ninguém sabe deste homem o que viveu
Nem dos motivos por que um dia ele parou
Quando largou das cordas do violão
E suas canções nem sequer assoviou...
Um único verso ele ainda quis compor
Últimas horas, em um tom triste de prece
Se morrem os sonhos, perdido é o amor
E sem amor, sem poemas se padece...
E a rudeza da lida cansou sua mão
Na tristeza da vida calou sua voz
um anjo que passa termina a oração:
Mãe dos poetas, por favor olha por nós.
Quem sabe ao certo o que é tudo perder
E conhece a vida sem nenhum pano de fundo
Que não o céu, caminhos por percorrer?
Um homem sabe, solitário na calçada
Sem pedir nada, só pensando seu viver
Sonhando que no fim da caminhada
Possa ao menos a si mesmo compreender...
E no silêncio onde encontra sua razão
Não ouve a maldade dos insultos
Loucos são os que gritam por ser surdos
Não do corpo, mas do próprio coração...
Ninguém sabe deste homem o que viveu
Nem dos motivos por que um dia ele parou
Quando largou das cordas do violão
E suas canções nem sequer assoviou...
Um único verso ele ainda quis compor
Últimas horas, em um tom triste de prece
Se morrem os sonhos, perdido é o amor
E sem amor, sem poemas se padece...
E a rudeza da lida cansou sua mão
Na tristeza da vida calou sua voz
um anjo que passa termina a oração:
Mãe dos poetas, por favor olha por nós.
Assinar:
Postagens (Atom)