No escuro,no sono, no sonho
São olhos, são lábios sedentos
E toques, desejo tamanho
Que não importam sentimentos
Primitivos, arcaicos, antigos demais
Tão velhos rituais, tão perfeitos
Ondas gigantes, ventos furiosos
Se erguem e sopram na mesma cadência
Provocam, instigam, se descobrem curiosos
Instintos apenas, sem ter consciência
Se encontram, ao tato se queimam
Em cinzas o mundo se desfaz
E ardem florestas, céus e terra se terminam
E ressurgem, recomeçam na busca de mais
Até que por fim se entregam
E caem nos braços de Morfeu e da paz
Se acalmam os ventos e ondas do mar
Aos raios do sol só vão descansar
Até que no escuro, no sono, no sonho
Mais uma vez irão se amar.

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