"Não se apagam com decretos

Heranças de todos nós...

Não vou matar meus avós

Pra ficar de bem c'os netos!"

(Jayme Caetano Braun)

Solidão de cantador

Destino é trança de couro
De finos tentos, aprendi
Minha música é tesouro
Feito prisão que escolhi

Pra que nasceste guri?
Por que anseias viver?
Meu destino é aqui
E nem pude escolher

Eu nasci nessa estrada
Nem sempre quero andar
Mas sou caminho, mais nada
Só vivo estando a cantar

Sou pedaço de milonga
Ponteada à violão
A tristeza mais longa
Eternizada em canção

Ainda que me sinta só
Solidão vou musicar
Que eu seja cinza e pó
Se eu não puder cantar...